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Aprendendo escolher

Aprendendo escolher

Escolher e sentir

Como escolher diante das opções que se apresentam?
Mais do que uma missão inevitável, o escolher nem sempre é um processo fácil.
Entramos em contato com perdas quando o escolher exige deixar de fazer algo por outro que consideramos melhor. Entramos em contato com o risco quando é impossível testarmos a opção escolhida. Entramos em contato com a incerteza quando nos consideramos despreparados a fazer aquela escolha. Entramos em contato com a frustração quando a escolha não supre nossas expectativas. Entramos em contato com a alegria quando é possível escolher realizar um sonho.

A escolha autêntica

São tantos sentimentos que vivenciamos ao escolher que o tempo acaba não permitindo percebermos como esse processo varia ao longo de nossa trajetória de vida. A escolha modifica-se com cada uma de nossas prioridades.
A noção de certo e errado é mostrada à medida que entramos em contato com diversas experiências sociais e priorizamos tudo aquilo que faz sentido para nós. A escolha com sentido é a verdadeira e a mais autêntica de todas, pois é nossa.
Por ser nossa e de nossa preferência, essa sensação de pertencimento é o valor que atribuímos e que somente nós valorizamos, pois é naquele momento e o momento é único, é presente e pode ser que depois de um curto espaço de tempo, mude novamente.

Essa metamorfose que nunca nos permite ter a certeza de nada sempre se apresentará no processo da escolha.
A escolha autêntica é a escolha do presente, da realidade que nos deparamos naquele momento e que nos impulsiona a agir a favor de algo que acreditamos ser o melhor.

A dúvida no ato da escolha

Ter equilíbrio emocional no ato de escolher nos aproxima muito da dúvida. Se temos um motivo mais próximo a nossa razão nem sempre contemplamos sentimentos no ato de escolher e uma “escolha fria” pode nos colocar em contato com a frustração. Se a escolha é nomeada como “aquela que vem do coração” é possível que a falta de razão também não inclua as expectativas esperadas.

Entrarmos em contato com a dúvida faz parte de um processo de organização entre a razão e o sentimento. Quando construímos argumentos que justificam a escolha é muito importante contemplar tudo o que notificamos como ideal, de acordo com as nossas vivências e, de acordo com tudo o que nos faz feliz.
Se a escolha for afetiva, perceba se nos argumentos do outro, também faz parte o que você considera como essencial.
Se a escolha for profissional, perceba se a carreira escolhida inclui ações que você gosta de executar.
Se a escolha for espiritual, perceba se a prática de uma determinada doutrina faz sentido em sua essência humana.
Se a escolha for à saúde, perceba se a prática está de acordo com os valores que defende para preservar sua integridade e sua vida.

No ato de escolher, não tema a dúvida, enfrente-a através da construção de argumentos que estão diretamente relacionadas a seus valores pessoais. Valores que fazem parte do conjunto de idéias que você aprendeu e aprende ao longo de sua vida e que, portanto, são consideradas verdadeiras preciosidades que o levarão a uma escolha autêntica.

AFINAL, COMO EU APRENDO A ESCOLHER?

Seja qual for o momento de vida a escolha autêntica sempre precisa incluir a ação, um propósito e uma finalidade que alimenta os valores pessoais. O ser humano precisa dar sentido as suas ações para que na metamorfose do processo de escolher ele sempre esteja aprendendo. O aprender faz parte de cada momento de vida e torna as nossas escolhas autênticas de acordo com os nossos próprios valores.

Por Andréa Bogatti Guimarães Tomazela, em 10 de Setembro de 2019